San Andrés a ilha do mar das 7 cores…
Aterrámos e apanhámos um taxi “qualquer” no aeroporto para San Luis.
São casas abertas, janelas abertas, portas abertas que deixam ver tudo lá para dentro. (Eu só penso nos mosquitos… com tudo aberto, como sobrevivem estas pessoas?)
Sentí que estava realmente adaptada ao Caribe no momento em que acabámos de jantar e ligamos ao Don George do “táxi grande” para nos vir buscar ao restaurante e levar-nos de volta ao hotel!
Já tinhamos visto centenas de pessoas a andar de mota sem capacete (faz calor! para que serve o capacete mesmo além de fazer calor?), familias de 4 membros montadas numa moto, bebés de 8 anos a dormir numa mota, ao colo da mãe, enquanto o pai conduz (quando é que se deixa de ser bebé mesmo?), carrinhos de golf com 5 pessoas a pé atrás, crianças a conduzir motos a levar os irmãos mais novos para a escola, condutores a beber cerveza (até o Don George quando nos levou para o restaurante fez uma paragem técnica para comprar uma Heineken fresquinha, e foi a beber a sua jola em pequenos sorvos de palhinha – mental note: experimentar beber cerveja de palhinha),…
Vejam esta especie a viajar deitado sobre a moto! #whynot? #serlivre
(esta foto foi em Providencia, mas dá para ter uma ideia)
Weeee… merecidas férias!!!
Desde o meu roadtrip pelo Uruguai… desde Março?! :-O Claro que estava esgotada e sem paciência para ninguém!!!
Como vos conto no ABOUT, eu viajo nos meus míseros 15 dias de férias (sim, são 15 dias deste lado do mundo)… então estou sempre a planificar com anticipação as pontes e a ver os feriados para ver como posso optimizar as férias e as viagens. Estas férias não foram excepção!
Aproveitei a melhor ponte do ano (chileno) (2a e 3a-feira, eram feriados) e com 3 dias de férias fiquei… 8 dias em San Andrés e Providencia!!
Mas vamos ao que interessa…
Quando me falavam do Eje Cafetero imaginava algo estilo vinhas do Douro ou como as vinhas que vi no Chile, versão café.
Extensões de platanções de café por todas as montanhas, vistas imensas de plantas com baguinhas vermelhas até ao fim do horizonte, montes e montanhas cobertos de café até perder de vista, com o Juan Valdéz montado na mula por largas distâncias a vigilar as terras…
A maior parte das platações de café do Eje cafetero são pequenas plantações familias de menos de uns 5 quarteirões.
Em realidade são pouco mais de 2.500 familias as responsáveis pelo cultivo tradicional do café. Um 95% das “fincas” ou fazendas são pequenas extensões na sua maioria fragmentadas exploradas familiarmente.
Quando fui ao google maps ver como chegar de Medellín a Pereira (a maior cidade do famoso Eje Cafetero, ou Eixo do Café) e vi que estavamos a 220 km de distância e que o Google dizia que demoraríamos 4 horas e meia pareceu-me super razoável a opção de ir de carro!
Mas a realidade é outra… demorámos 7 horas a fazer 220 km!!!
Sim! 7 horas!! Façam as contas, fomos a uma média de 30km/horas!
Não sei em que momento da nossa existência pusemos na cabeça que no parque de Huilo Huilo havia Araucarias…
Mas vinhamos todos mentalizados que íamos abraçar árvores!!!
Imaginávamos o Huilo huilo como vemos nas fotos… Um bosque encantado onde lá perdido pelo meio encontraríamos os famosos hotéis de madeira que parece que vêm directos de contos de fadas…
A verdade é que…
Eu acho que a Scarlett teve o pior 18 da vida dela…
O “18” é o 18 de Setembro todos sabem, nem é preciso dizer de que mês é!
O “18” é a celebração das Fiestas Pátrias chilenas em que os chilenos se “endeciochan” todos e vivem o espírito da “chilenidad” com toda a força: comer empanadas, anticuchos, assados, beber terramotos, lançar volantines (papagaios de papel) e dançar a cueca…
Sim, o baile nacional chama-se cueca e não tem nada a ver com roupa interior (nem com tê-la, nem com não tê-la)… E vivem-se estes dias ao som do “tikitiki” constante da música tradicional chilena que te faz sapatear involuntariamente!
Mas a Scarlett, que é chilena, teve azar, nem um chouripan comeu…
Olá! Chamo-me Inês, sou portuguesa e já visitei mais de 30 países.
Viví e trabalhei em Portugal, Espanha, Estados Unidos de América, Chile e actualmente vivo na Colômbia.
Financiera de profissão. Psicóloga por curiosidade. Emigrante e viajante por paixão.