Providencia “te embruja” dizia um livro que lí a tomar um sumo natural de goiaba no Lightning Café.
Um Café de umas espanholas que montaron mais que um café… é um café-biblioteca-documental-tallers-de-pintura…
E eu imagino que sim…
Acho que devíamos criar um grupo e unir-nos: o grupo das mulheres que não estão nada convencidas para fazer mergulho e vão para não ficar a ver passar navios.
É mais… acho que somos uma maioria!!
E muitas vamos só acompanhar, zero convecidas de ir fazer o mergulho… e depois acabamos por lá fazer a dita imersão! Depois umas apanham o gosto e outras… nunca se adaptam a 100%.
Em realidade não era a minha primeira vez… mas sou tão azelha para estas coisas que fiquei caladinha para receber todas as instruções (e atenção) como se fosse primeiriça!
É que a verdade… é que eu sou de essas pessoas que faz figuras tristes só para meter o material todo em cima! E que quando olha para baixo depois de ser claramente “atirada à força” para a água de costas fica a achar impossível submergir mais do que a cara!
O Cayo Cangrejo (ilhota caranguejo) é um dos símbolos de Providência.
E é símbolo não só porque que é uma ilhota verdinha, cheia de palmeiras, mas porque faz parte da reserva ecológica da ilha, rica em fauna e flora! E claro… chama-se “cangrejo”!
Esse animal que cruza a estrada a qualquer hora por qualquer lado e que tens de ter cuidado para não atropelar!
Tanto é assim que durante março fecham inclusivamente uma parte da estrada para que os pobres caranguejos negros possam descer tranquilos da montanha e ir desovar à praia sem incidentes!
Para chegar a Providencia há duas formas: ou de avioneta ou de barco desde San Andrés.
Nós optámos pelo barco porque deixamos tudo para a última hora e o preço das avionetas já estava pelas nuvens. O barco, é um catamaran, o Catamaran “El Splendor” foi a única companhía que encontramos que fazia a travessía.
Apesar das mil e uma advertências sobre os enjoos que pode ocasionar a travessía… apanhámos o mar extraordinariamente calmo.
Como costumam dizer, até parecía “o mar de setembro” que é o mês em que o mar está mais calmo no Caribe.
Sentí que estava realmente adaptada ao Caribe no momento em que acabámos de jantar e ligamos ao Don George do “táxi grande” para nos vir buscar ao restaurante e levar-nos de volta ao hotel!
Já tinhamos visto centenas de pessoas a andar de mota sem capacete (faz calor! para que serve o capacete mesmo além de fazer calor?), familias de 4 membros montadas numa moto, bebés de 8 anos a dormir numa mota, ao colo da mãe, enquanto o pai conduz (quando é que se deixa de ser bebé mesmo?), carrinhos de golf com 5 pessoas a pé atrás, crianças a conduzir motos a levar os irmãos mais novos para a escola, condutores a beber cerveza (até o Don George quando nos levou para o restaurante fez uma paragem técnica para comprar uma Heineken fresquinha, e foi a beber a sua jola em pequenos sorvos de palhinha – mental note: experimentar beber cerveja de palhinha),…
Vejam esta especie a viajar deitado sobre a moto! #whynot? #serlivre
(esta foto foi em Providencia, mas dá para ter uma ideia)
Weeee… merecidas férias!!!
Desde o meu roadtrip pelo Uruguai… desde Março?! :-O Claro que estava esgotada e sem paciência para ninguém!!!
Como vos conto no ABOUT, eu viajo nos meus míseros 15 dias de férias (sim, são 15 dias deste lado do mundo)… então estou sempre a planificar com anticipação as pontes e a ver os feriados para ver como posso optimizar as férias e as viagens. Estas férias não foram excepção!
Aproveitei a melhor ponte do ano (chileno) (2a e 3a-feira, eram feriados) e com 3 dias de férias fiquei… 8 dias em San Andrés e Providencia!!
Mas vamos ao que interessa…
Quando cheguei ao Uruguai, vinda de barco de Buenos Aires para passar um dia em Colónia del Sacramento a primeira imagem que tive do Uruguai foi “Uau… que lindo é tudo! Tudo tão verde!”…
Pois bem, o “verdinho” não vem grátis!
Hoje era o día em que iamos passar nas famosas praias de Punta del Este e José Ignácio…
Passámos, mas não como esperávamos!
Lembram-se quando no dia anterior chegámos a Cabo Polónio e eu me arrependi de já ter noite reservada noutro lugar?
Tinhamos a noite já reservada por Airbnb em La Pedrera (a 30km de Cabo Polónio aprox.).
Ficámos alojados nas Las Luciernagas, não fica mesmo no centro de La Pedrera, mas as casinhas são tão bonitas e os donos, uma familia encantadora a Carmem, espanhola e o seu marido argentino e os seus filhos, tão simpáticos que apenas posso recomendar!!!
Depois de 3 anos em Santiago do Chile é engraçado como é fácil esquecer o som da chuva. O cheiro da chuva, da terra molhada, o querer ficar na cama mais um pouco com a doce melodia da natureza, o querer beber um café quente e ler um livro porque não há nada melhor para fazer…!
Imaginem uma vila de pescadores, onde não se pode construir mais, onde não passam carros, onde não há electricidade, nem água canalizada, as ruas são de areia e à noite não estão iluminadas e podes ver o céu como em poucos sitios e ouvir o som do mar…
Imaginem uma praia onde quem quer toca o seu instrumento, jambé, guitarra, tambores, quem quer dança, quem quer canta, quem quer oferece massagens a troco do valor que aches justo, quem quer vende empanadas pela praia, quem quer oferece pareos…
Ouves os risos das crianças que brincam na areia, os pescadores que conversam entre si e arranjam os peixes frescos aí mesmo na praia acabadinhos de pescar…
A praça principal dessa vila, também de areia está rodeada de casinhas coloridas que vendem pareos, bikinis, conchinhas, malas, hamacas…
As casinhas são de madeira, coloridas, decoradas com elementos do mar, barcos, redes de pesca, conchas, garrafas recicladas…
Huummm… soa como o paraíso hippie – não?!
Olá! Chamo-me Inês, sou portuguesa e já visitei mais de 30 países.
Viví e trabalhei em Portugal, Espanha, Estados Unidos de América, Chile e actualmente vivo na Colômbia.
Financiera de profissão. Psicóloga por curiosidade. Emigrante e viajante por paixão.